Luca Trapanese, um italiano de Nápoles de 41 anos, é pai solteiro, depois de em 2017 adotar Alba, uma menina com Síndrome de Down, que havia sido rejeitada não só pela mãe biológica, como por 20 potenciais pais adotivos.
Luca Trapanese sempre trabalhou com pessoas com deficiência e sempre quis ter a sua própria família. Nunca desistiu disso. Homossexual, católico, adotou a menina quando esta tinha apenas 13 dias de vida, após ser abandonada pela mãe por conta da sua condição.
Luca trabalha com crianças com deficiência desde a adolescência e até estabeleceu a sua própria instituição de caridade em 2007, que oferece às crianças com deficiência a possibilidade de socialização e desenvolvimento dos seus talentos.
“Quando eu tinha 14 anos, o meu melhor amigo, Diego, descobriu que tinha cancro em estado terminal. Quando soube disso, nunca mais saí do seu lado, fui ao hospital com ele, ajudei-o com os trabalhos de casa, estive lá quando precisou de mim. Os pais dele tinham que trabalhar, então eu ficava com ele, acompanhei-o durante essa experiência terrível. Até ao fim. Apesar de sermos apenas crianças na altura, tínhamos consciência da tragédia, o Diego era o meu melhor amigo e faria tudo para o ajudar. A morte dele deixou-me com uma consciência profunda do que é viver com uma doença. Foi por isso que comecei a ser voluntário da Igreja em Nápoles, ajudando pessoas com deficiência, foi uma grande experiência. Conheci aí muita gente que ficou minha amiga para toda a vida.”
No entanto, apesar da experiência, ele contou que chegou a tremer de emoção quando pegou Alba no colo pela primeira vez:
“Foi levado pela emoção. Na hora senti que ela era minha filha e eu sabia que estava pronto para ser o pai dela.”
Agora ele faz questão de manter os mais de 300 mil seguidores no Instagram atualizados sobre o seu dia a dia com Alba, onde muitos fãs publicam mensagens de apoio.
Luca diz que abraçou a missão de mostrar ao mundo que a síndrome de Down é linda, assim como a sua filha Alba, e que as pessoas afetadas por esta condição são tão aptas ou capazes de viver uma vida normal como quaisquer outra.
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